Partindo da análise das origens e desenvolvimento da vitivinicultura na região de São Joaquim (SC), o presente artigo propõe roteiros enoturísticos para uma área da Serra Catarinense já reconhecida por sua experiência com o segmento de turismo no espaço rural, com base em seus recursos paisagísticos e climáticos. Visando a consecução desses objetivos são enfocados a introdução e o desenvolvimento da produção de vinhos finos, bem como da atividade turística na região. Apesar de a investigação ter como foco central os municípios de Bom Retiro, São Joaquim, Urubici e Urupema, onde se encontram as empresas vitivinícolas com vinhos lançados no mercado desde 2004, a área de abrangência da pesquisa inclui também os municípios de Bom Jardim da Serra e Lages, em razão do seu significado para o incremento de atividades ligadas ao turismo. Como base teórica fundamental é utilizada a categoria de formação sócio-espacial aliada à ideia de combinações geográficas que, na análise do espaço geográfico, considera o modo como se combinam, ao longo do tempo, os elementos físicos, biológicos e humanos. O interesse pela vitivinicultura de altitude, suas origens, evolução e panorama atual em Santa Catarina, decorre do entendimento de que essa realidade apresenta-se como um novo potencial a ser explorado pelo turismo, tendo em vista as características paisagísticas singulares das áreas produtoras, os novos parâmetros de articulação dos recursos disponíveis e as estratégias de competitividade que tem afetado o mercado global e nacional de vinhos. Assim, pois, o cultivo da uva e a produção de vinhos na região de São Joaquim representam uma alternativa para o incremento da oferta turística regional, a partir da definição e implantação de roteiros para a prática do enoturismo.