Os cultivares C-3 e Siete Cerros foram cruzados e os cultivares pais, F1, F2 e retrocruzamentos para ambos os pais foram avaliados em um ensaio em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, em condição de vaso com solo de alta fertilidade. O experimento foi conduzido em telado localizado no Centro Experimental de Campinas. Correlações genéticas entre produção de grãos por planta e sete caracteres agronômicos, assim como valores do herdabilidade no sentido amplo e restrito para todos os caracteres, foram estimados, além de correlações fenotípicas e ambientes entre a produção de grãos e os sete caracteres. As correlações genéticas mostraram que produção de grãos foi associada positivamente com altura de planta (r = 0,377), número de espigas por planta (r = 0,919), número de espiguetas por espiga (r = 0,219) e peso de cem grãos (r = 0,814). Seleções para maior número de grãos por espiga e espigueta poderiam influir negativamente na produção de grãos. Os cultivares pais e as populações F1 e F2 foram também avaliados em vasos contendo solos de cinco diferentes locais das regiões tritícolas paulistas e referentes às profundidades de amostragem 0-30cm e 30-60cm. Como tratamento adicional, foi incluído um solo de várzea, da camada 0-30cm do Centro Experimental de Campinas. Nos solos ácidos com altos teores de alumínio, as plantas sensíveis a essas condições apresentaram acentuada redução na produção de grãos; altura das plantas; número de espigas por planta e de espiguetas por espiga; comprimento das espigas, e fertilidade das flores, evidenciada pela significativa diminuição do número de grãos por espiga e por espigueta. Quando foi utilizado o solo da camada 0-30cm de profundidade da Fazenda Canadá, em Assis, apresentando pH superior a 6,0, alta disponibilidade de bases, média de fósforo e ausência de Al3+, as correlações genéticas mostraram associações positivas entre produção de grãos com altura das plantas (r = 0,224), número de espigas per planta (r = 0,500) e de espiguetas por espiga (r = 0,856), e peso de cem grãos (r > 1,00), e negativas com número de grãos por espiga (r = 0,068) e por espigueta (r = -0,873) e com comprimento da espiga (r = 0,463). Para o solo da camada 0-30cm de profundidade de Itararé, apresentando pH = 4,6, baixa concentração de bases, reduzida disponibilidade de fósforo e altos teores de Al3+ as correlações genéticas mostraram que as plantas mais produtivas e, conseqüentemente, mais tolerantes ao Al3+, estavam associadas com plantas altas (r = 0,710), maior número de espigas por planta (r > 1,00); maior número de grãos por espiga e espigueta (r = 0,727 e r = 0,753 respectivamente), grãos mais pesados (r = 0,785) e provenientes de espigas mais longas (r = 0,733). Para o desenvolvimento de plantas baixas, tolerantes às condições de solo ácido e com alto potencial de produção, haveria necessidade de grandes populações F2 para assegurar o aparecimento de recombinantes desejáveis.