O objetivo deste trabalho foi comparar agravos à saúde entre grupos funcionais de trabalhadores da limpeza urbana (TLU) decorrentes de exposição biológica do contato com os Resíduos Sólidos (RS) em São Paulo, 2007. Para tal, amostras dos grupos de TLU e um grupo Controle de servidores ferroviários realizaram entrevistas, contagens sanguíneas, provas de atividade inflamatória, marcadores sorológicos de infecção e exame protoparasitológico de fezes.Ao término, foram avaliados 217 indivíduos. O grupo Controle relatou menor cobertura vacinal para o tétano, enquanto os Varredores tiveram a menor proporção de cobertura para a hepatite B. Os Motoristas usaram mais antibióticos e apresentaram o número de leucócitos mais elevado quando comparados aos Controles. Os Motoristas apresentaram também maiores médias de neutrófilos e monócitos quando comparados aos Varredores. A presença de parasitas nas fezes foi mais frequente entre os Varredores e os Coletores quando comparados aos Controles. Os grupos de Coleta, Transbordo e Aterro apresentaram indicadores de infecções respiratórias e de atividade inflamatória sistêmica similares aos Controles. Não foram observadas diferenças entre episódios de sinusites, pneumonias, marcadores séricos de atividade inflamatória, contato com o vírus da hepatite B ou com a estreptolisina O entre os grupos estudados.