Introdução: Os sistemas adesivos possibilitam a execução de restaurações estéticas e minimamente invasivas, sendo, portanto, objeto de pesquisas para contornar os problemas que se apresentam no procedimento restaurador. Objetivo: Avaliar in vitro a resistência de união de um sistema adesivo autocondicionante, e deste modificado com soluções extrativas de semente de uva. Metodologia: Duas soluções extrativas foram preparadas com extrato de semente de uva em pó dissolvido em acetona e etanol. A partir delas e de um adesivo, seis sistemas adesivos autocondicionantes experimentais foram preparados, diferindo quanto ao solvente utilizado e às proporções entre adesivo puro e solução extrativa, esta, variando em 7,5%, 15% e 30%. Setenta incisivos bovinos hígidos tiveram as raízes removidas com disco de carborundum e as faces vestibulares desgastadas com lixas d’água de granulação 120, 240, 600 e 1200 sob refrigeração até expor a dentina superficial. Os dentes foram distribuídos aleatoriamente em sete grupos distintos: Controle; A7,5; A15; A30; E7,5; E15; e E30, contendo 10 elementos cada. A aplicação dos adesivos foi executada de acordo com as recomendações do fabricante do adesivo controle. A restauração foi realizada com uma matriz de silicone com dimensões 2 mm de altura e 4 mm de diâmetro e inserido o material restaurador em incremento único e fotopolimerizado por 40s. Após três meses armazenados em água destilada, os espécimes foram submetidos ao teste de resistência de união. Foi empregado o método estatístico Teste Paramétrico Anova 1 Fator e pós- teste de Tamhane (p<0,05). Resultados: Os grupos A7,5, E7,5 e E30 não apresentaram diferença em relação ao grupo Controle; A15 e A30 mostraram desempenho estatisticamente semelhante entre si; e E15 não apresentou diferença estatística em relação aos outros adesivos. Conclusões: A adição de proantocianidina teve efeitos diferentes, dependendo dos solventes e das concentrações utilizadas, mas sem alterar significativamente o desempenho do adesivo.
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