Neste trabalho é apresentada uma técnica para o estudo granulométrico da fração areia, sua expressão numérica, representação gráfica e análise estatística. Foi feito um ensaio preliminar para verificar a partir de que tempo de peneiragem os resultados obtidos se mostravam reprodutíveis. Os tempos de 10, 20 e 30 minutos deram resultados pràticamente iguais, revelando também ser pequeno o erro devido a outros fatores. A aplicação do método de estudo à fração areia de solos provenientes dos arenitos Bauru e Botucatu, do planalto de São Carlos e da Serra de Santana, permitiu evidenciar uma diferença flagrante das distribuições granulométricas respectivas. O emprêgo da representação gráfica ressaltou o caráter dessas diferenças, confirmadas pelos resultados da análise estatística. O solo do arenito Botucatu apresenta uma distribuição mais regular, com menor amplitude. A amplitude cresce para os solos da Serra de Santana e planalto de São Carlos e para o arenito Bauru. Nesta última amostra a distribuição é mais regular que naquelas duas. Em relação à moda, os resultados acusam maior quantidade de fração grosseira nas amostras da Serra de Santana e do planalto de São Carlos, maior predominância de frações finas no arenito Bauru. No arenito Botucatu as duas frações estão mais próximas, predominando ainda a areia fina. Apesar das restrições da expressão dos resultados ponderais em freqüência numérica, o método revelou-se eficiente na comparação da distribuição granulométrica da fração areia de solos provenientes de diversas formações sedimentares.
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