O uso intensivo e repetido do método químico de controle na cultura do trigo selecionou populações de nabo (Raphanus raphanistrum e R. sativus) e azevém (Lolium multiflorum) resistentes a alguns herbicidas, em especial aos inibidores das enzimas ALS, ACCase e EPSPs. Para manejar as populações de plantas daninhas resistentes, é importante rotacionar os mecanismos de ação de herbicidas, tanto na dessecação como nas aplicações realizadas após a implantação da cultura. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia do herbicida clomazone no controle de azevém e nabo, associado ou não ao protetor dietholate, na cultura do trigo. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro repetições. No ensaio 1 foram testadas doses de dietholate (0, 120, 240, 360 e 480 g para 100 kg de sementes de trigo cultivar TBIO Itaipu) e de clomazone (0, 198, 396 e 594 g ha-1) aplicado em pré-emergência. No ensaio 2, instalado de modo simultâneo ao ensaio 1, os tratamentos foram constituídos pela testemunha infestada, testemunha capinada, clomazone + dietholate (396 g ha-1 + 240 g para 100 kg de semente) – aplicado em pré-emergência, iodosulfuron-methyl (5 g ha-1) e pyroxsulam (18 g ha-1) – aplicados em pós-emergência. O tratamento das sementes de trigo com dietholate não interferiu no controle de azevém e nabo pelo clomazone aplicado em pré-emergência. O clomazone, mesmo aplicado em baixas doses, apresentou controle de azevém acima de 80%, podendo ser utilizado para o controle de biótipos resistentes aos herbicidas inibidores da EPSPs, ALS e ACCase. O iodosulfuron-methyl e o pyroxsulam apresentaram excelente controle de nabo e satisfatório de azevém.
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