Introdução: Os atletas adolescentes têm uma demanda energética aumentada devido à prática competitiva de exercício físico, apresentando maiores riscos de inadequações nutricionais. Objetivo: Avaliar a ingestão alimentar de atletas escolares envolvidos em diferentes modalidades esportivas. Métodos: A amostra foi composta por 129 adolescentes, de ambos os gêneros, praticantes de tênis, natação, ginástica (artística e rítmica) e judô de equipes do município de Aracaju (SE), Brasil. Aplicou-se um questionário de frequência alimentar semiquantitativo, com auxílio de registro fotográfico, para estimar a ingestão de macro e micronutrientes e porções dos grupos alimentares. Resultados: Entre os analisados, 41,2% eram do gênero feminino, com média de idade de 13,54±2,45 anos. Independente do gênero, os adolescentes mais velhos apresentaram maior ingestão energética e de macronutrientes (p<0,05), porém com semelhança na prevalência de inadequação em relação aos mais novos. Com relação aos micronutrientes, a comparação entre os gêneros mostrou maior prevalência de inadequações entre meninas mais novas para vitamina E, cálcio e ferro. Entre os meninos, apenas a inadequação do cálcio foi significativamente maior para os mais novos. Independente do gênero e da idade, observou-se baixa ingestão de lácteos e hortaliças, além do elevado consumo de doces, carnes e ovos. Conclusão: A dieta dos atletas adolescentes estudados mostrou inadequação de macro e de micronutrientes, especialmente entre as atletas mais novas. Faz-se essencial o desenvolvimento de ações de aconselhamento nutricional individual ou em grupo com vistas a adquirir hábitos alimentares adequados.
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