Com a publicação da lei n. 9394/96, a arte integra-se ao currículo do ensino básico como área de conhecimento. Neste ensaio, problematiza-se essa nova condição da arte na escola, refletindo a particularidade da experiência artística em relação às outras disciplinas, de modo a não se descaracterizar o que é próprio dela. A partir do entendimento de que a presença da arte é provocadora de mudanças, busca-se observar aquilo que, na escola, é necessário "ser tocado" por ela. Esse olhar investigativo flagra uma cena de destruição, com problemáticas muito próximas daquelas expressas pelo teatro contemporâneo. Com isso, sugere-se aproximar a realidade escolar de formas do teatro pós-dramático, com o intuito de inventar espaços que possam vir a ser coletivos e que acolham o que se chamou de "trocas de intimidades". Dessa aproximação, reitera-se o conceito de conhecimento como invenção, defendido por Michel Foucault, e detecta-se a necessidade de elaborar uma atitude docente que seja provocativa e crie ações educativas de tipo estratégico.
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