Pessoas com algum tipo de deficiência realizam algum tipo de terapia para aprimoramento de suas capacidades e habilidades, normalmente com uma equipe multidisciplinar que envolve fisioterapeutas, profissionais de Educação Física, psicólogos, pedagogos, entre outros. A Equoterapia é um tratamento terapêutico que engloba o desenvolvimento psicomotor, o autoconhecimento educacional, comportamental, bem como a socialização, com atividades que associam o cavalgar do cavalo com dinâmicas e exercícios que estimulam o praticante a um potencial desenvolvimento. A atuação da Educação Física na reabilitação com essa terapia é ainda pouco explorada. Além disso, estudar um praticante que apresenta características do espectro autista, com algumas dificuldades na fala, movimentos estereotipados e problemas de convivência, inclusive com animais, torna-se um desafio adicional. Avaliar a intervenção na Equoterapia, em um estudo de caso com um garoto autista, a partir da perspectiva da Educação Física. Estudo de caso de quatro intervenções de Equoterapia, de um praticante de sexo masculino, com 6 anos de idade, com autismo, ótima expressão cognitiva, dificuldade na coordenação motora, variações de comportamento, movimentos estereotipados (como andar na ponta do pé e mexer a mão repetidamente) e a mãe o acompanha nas sessões. Foi realizada avaliação subjetiva semanal com a mãe e com Equoterapeuta responsável de aspectos relacionados a evolução do praticante. Houveram melhoras em aspectos do comportamento, ansiedade, força, medo, interação com animais, movimentos estereotipados e independência para ambas as avaliadoras. A presença da ludicidade, proporcionada pelo profissional de Educação Física parece ter sido fundamental para a evolução do praticante em curto espaço de tempo, mostrando um reforço positivo da atuação do profissional em Educação Física na Equoterapia.
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