Por meio da tela em branco que aparece em três filmes (Zen for film, de Nam June Paik, Scénario du film Passion, de Jean-Luc Godard, e Onde jaz o teu sorriso?, de Pedro Costa) e em um projeto fotográfico (Theatres, de Hiroshi Sugimoto), abordamos o conceito de origem na perspectiva de Walter Benjamin. Em sua abertura e inacabamento, a origem só pode se restituir no futuro, por um trabalho da memória, que se define como recriação a partir de vestígios da história. Aqui se busca um cinema da origem (diferente de um cinema das origens), em cujo saber se abriga sempre um não-saber originário. Nós o encontraremos na tela em branco, nos modos diversos como ela surge em cada uma destas obras.
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