Objetivo: É de conhecimento que certos micro-organismos melhoram a função da barreira intestinal, que por sua vez é atingida pela infecção pelo (HIV). Esta revisão teve como objetivo identificar os possíveis efeitos da suplementação com probióticos em pacientes acometidos peloVírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Métodos: Foram utilizadas as bases de dados do MEDLINE/PubMed e Lilacs publicados na língua inglesa, no período 2008 a 2018, com os descritores “probiotics” AND “HIV”. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados realizados em indivíduos adultos acometidos pelo HIV, que tenham feito uso de probióticos. Foram excluídos artigos não-originais e trabalhos em outro idioma que não a língua inglesa, além de estudos com animais ou in vitro e ainda estudos em gestantes, lactentes e pessoas com idade inferior a 18 anos. Resultados: Do total de 149 artigos encontrados, 10 obedeceram aos critérios de inclusão. As principais cepas utilizadas foram do gênero Lactobacillus e Bifidobacterium. Os principais achados dos estudos estão relacionados à redução da translocação bacteriana e inflamação, aumento do número de células T CD4+ e redução do D-dímero, bem como melhora dos sintomas gastrointestinais. Conclusões: Existem evidências de que a suplementação com probióticos possa ser recomendada na prática clínica como adjuvante da terapia antiretroviral. Entretanto, em decorrência da complexidade do assunto e de os estudos nessa temática serem escassos e heterogêneos, faz-se necessários mais estudos a fim de determinar cepas, tempo de intervenção, dosagens, bem como a efetividade do uso de probióticos por pacientes com HIV.