O objetivo do presente trabalho foi identificar a diversidade da micobiota parasitária e o tempo decorrido até o início do parasitismo de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum em solos da fronteira oeste do Rio Grande do Sul (RS). Foram coletados solos agrícolas e não agrícolas de cinco localidades na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. O isolamento dos fungos foi realizado por meio do teste de iscas, sendo que as iscas foram os escleródios do fitopatógeno, os quais permaneceram enterrados no solo durante 15, 30 e 60 dias. Os fungos foram identificados em nível de gênero. Os gêneros fúngicos encontrados parasitando escleródios foram: Trichoderma, Penicillium, Aspergillus, Fusarium, Pythium (Cromista), Clonostachys rosea (Gliocladium), Chaetomium, Curvularia, Phytophthora (Cromista), Rhizopus, Lichtheimia (Absidia), Mucor, Acremonium, Periconia e Isaria. Observou-se que os escleródios foram parasitados pelos fungos até 15 dias depois de serem enterrados, e deste período em diante apenas a frequência de ocorrência dos fungos mudou. Concluiu-se que os gêneros fúngicos Isaria, Periconia, Acremonium, Lichtheimia (Absidia), Phytophthora, Curvularia e Chaetomium são encontrados em solos agrícolas e não agrícolas na fronteira oeste do RS, e não foram citados anteriormente em outros trabalhos. Existe diversidade de fungos parasitários de escleródios de S. sclerotiorum nos solos da fronteira oeste do RS, os quais podem ser utilizados em experimentos para compor um programa de controle biológico desse fitopatógeno. Os escleródios são parasitados pelos fungos durante até 15 dias, após os mesmos serem enterrados no solo.