OBJETIVO: Descrever nova técnica para o implante do anel de Ferrara por meio de incisão única e avaliar segurança e eficácia em pacientes com ceratocone. MÉTODOS: Estudo prospectivo em vinte pacientes com ceratocone, submetidos ao implante por meio desta nova técnica. Critérios de exclusão: boa adaptação a lentes de contato, presença de cicatrizes corneanas significativas, ápice do cone com mais de 65 dioptrias, paquimetria inferior a 400 micra no local da incisão e presença de doenças oculares ou sistêmicas que contra-indicassem a cirurgia. Acuidade visual (LogMAR) e medida do ápice corneano pela topografia foram as variáveis analisadas no pré e pós-operatório. Foram registradas possíveis complicações ou queixas relacionadas às cirurgias. Período mínimo de um ano de acompanhamento. RESULTADOS: A acuidade visual média não corrigida melhorou de 1,045 ± 0,478 (mediana de 1,150) no pré-operatório, para 0,586 ± 0,373 (mediana de 0,500) unidades LogMAR, após doze meses de pós-operatório (p<0,0001). A acuidade visual com correção melhorou de 0,714 ± 0,542 (mediana de 0,500) para 0,264 ± 0,162 (mediana de 0,200) unidades LogMAR (p=0,001). A média do ápice corneano pela topografia variou de 55,9 ± 4,4D no pré-operatório, para 51,5 ± 4,8D após doze meses de pós-operatório (p<0,0001). Após o terceiro mês de cirurgia, todos os pacientes evoluíram com estabilização da acuidade visual. Não houve complicações ou queixas durante o período estudado. CONCLUSÃO: O implante do anel de Ferrara, por meio de incisão única, determinou melhora da acuidade visual, sem correção e com correção, e aplanamento corneano significativos no grupo estudado, após doze meses de cirurgia.
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