Para avaliar os efeitos da proteína do farelo de soja (FS), substituindo a proteína da farinha de peixe (FP) na alimentação de juvenis de pirarucu, foram testadas cinco dietas isoproteicas (46% PB) e isocalóricas (4800 kcal kg-1 EB), contendo 0, 15, 30, 45 e 60% de substituição. Cento e cinco exemplares (233,5 ± 11,5 g) foram distribuídos em 15 tanques (200 L), alimentados três vezes ao dia, até saciedade aparente, por 120 dias. Os maiores ganho de peso foram obtidos até 30% de substituição, sem diferenças significativas para taxa de crescimento específico, conversão alimentar aparente, consumo médio diário de ração e consumo médio diário de proteína com até 45% de FS. Não houve diferenças estatísticas para sobrevivência, fator de condição, índice hepatossomático e víscerossomático e nas análises bioquímicas, exceto colesterol. Os valores hematológicos diminuíram com os níveis de substituição, com elevação do Volume Corpuscular Médio, indicando provável quadro de anemia em 60% de FS e de hipocolesterolemia. Dietas com 15 e 30% de FS foram mais viáveis, sugerindo a substituição até 30% da FP pelo FS (inclusão de 22%) em dietas para pirarucu (200 a 1.200 g), sem prejuízos aos parí¢metros zootécnicos, saúde dos peixes e menor custo de produção.