Introdução: A autofagia, ou macroautofagia, é um fenômeno de degradação e reciclagem celular que ocorre constitutivamente em baixos níveis nas células eucarióticas. Tem ganhado destaque como via de mobilização de substratos metabólicos que permitem células cancerosas sobreviverem a microambientes com baixa oferta de nutrientes ou em condições de estresse oxidativo, onde o papel de proteínas como o Beclin-1 e LC3B tem sido amplamente pesquisado em diversos tipos de câncer. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi fazer uma revisão de literatura acerca da atuação do processo de autofagia e sua relação com o desenvolvimento de câncer através da autofagia tumoral. Metodologia: Para concepção deste artigo foi realizado um levantamento bibliográfico que abrangeu o período de 1998 a 2019. Foram utilizados os portais de pesquisa Google Acadêmico, Scielo, LIlacs e Medline. Resultados e Conclusão: Nesta revisão tem como resultado que a autofagia tem papel dual no câncer pois pode prevenir a iniciação tumoral através da supressão de danos crônicos, inflamação, acúmulo de organelas danificadas e instabilidade genômica, porém a autofagia também mantém as funções metabólicas mitocondriais que fornece nutrientes para o crescimento das células tumorais, criando canceres agressivos.