Estudou-se o comportamento de 23 linhagens e cultivares de trigo duro (Triticum durum L.), introduzidos do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT), México, juntamente com um cultivar de triticale e seis de trigo (Triticum aestivum L), em soluções nutritivas contendo seis concentrações de Al3+ (0, 1, 2, 3, 4 e 6 mg/litro), à temperatura constante de 25 ± 1°C, e pH 4,0. A tolerância foi medida pela capacidade de as raízes primárias continuarem a crescer em solução sem alumínio, após 48 horas em solução contendo uma concentração conhecida de alumínio. Todos os germoplasmas de trigo duro estudados e os cultivares de trigo Siete Cerros e Anahuac foram sensíveis à concentração de 1 mg/litro de Al3+. O cultivar de trigo Alondra-S-46 mostrou-se sensível a 4mg/litro de Al3+; o de triticale Chiva e os de trigo BH-1146, IAC-24 e IAC-60 exibiram tolerância à presença de 6 mg/litro de Al3+ nas soluções. Os mesmos genótipos foram também estudados em experimentos em solo ácido (V% = 14 e H + Al = 8,9 meq/100cm³) e em solo corrigido (V% = 65 e H + AI = 2,9 meq/100cm³). As produções de trigo duro em solo ácido foram baixas, variando de 939 a 2.243 kg/ha, comparadas com as dos cultivares de trigo e triticale tolerantes ao Al3+, as quais variaram de 3.584 a 4.922 kg/ha. No experimento em solo corrigido, a melhor linhagem de trigo duro (Avetoro "S" x Anhinga "S" - Pelicano "S" x D 67.2) produziu 4.128 kg/ha, em comparação com o triticale Chiva, 4547 kg/ha, e o melhor trigo IAC-24, 4.906 kg/ha. Esses resultados confirmaram a necessidade de ser incorporada tolerância ao Al3+ nos genótipos de trigo duro visando a seu cultivo em solos ácidos.
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