Estudo visando captar as percepções de pesquisadores de Minas Gerais, experientes em pesquisa cooperativa, quanto a: i) motivação para parcerias em P&D; ii) dinâmica e estabilidade de alianças; iii) consecução de objetivos fixados para as atividades compartilhadas. Foram analisadas 47 questões, definidas a partir de literatura sobre redes organizacionais e sobre redes cooperativas de pesquisa, respondidas por 305 pesquisadores, de um público-alvo de 673 cientistas. Aplicou-se o método de Analise Fatorial às questões, que então gerou 11 fatores, que se agruparam nas dimensões Criação de Redes, Operação e Resultados. A aplicação da Teoria Institucional revelou alto isomorfismo na percepção dos pesquisadores quanto aos conteúdos das questões, fato revelado pelas técnicas estatísticas empregadas. Foram identificadas pressões coercitivas exercidas pelas Agências de Fomento à Pesquisa, que parecem cultivar mitos racionalizados relativos à eficiência das atividades cooperativas. Aspectos diversos levantados na investigação indicam que o mecanismo de redes cooperativas, para o desenvolvimento das atividades de P&D, se encontra, no Brasil, em fase de pré-institucionalização.