No Brasil, como em boa parte do mundo, estudos demográficos têm mostrado que a expectativa de vida das pessoas tem aumentado. E nesse novo cenário de envelhecimento populacional, é perceptível a inserção progressiva de idosos, principalmente aqueles dos grandes centros urbanos, fazendo uso da internet. O ponto de partida para esse movimento foi quando estes idosos perceberam que poderiam se comunicar com parentes e amigos que moram distante. Para além desse fator, também são motivados a usarem a internet para conhecer novas pessoas (através das redes sociais), ler noticiários e recorrer a serviços que não lhes obriguem a sair de casa. Todavia, quando o indivíduo (idoso ou não) passa a não ter o controle sobre o uso da internet, com prejuízos no trabalho e/ou nas relações sociais, acompanhados de sintomas psicológicos e psiquiátricos (ansiedade, depressão, irritabilidade, fissura, fobia por estar off-line, etc.), pode está desencadeando em si o transtorno de dependência de internet. Assim sendo, nesta revisão bibliográfica é discutida a relação entre os idosos e o uso da internet, a própria dependência de internet e suas questões nosográficas. Para tanto, foram acessadas as principais bases de dados (PsycINFO, BVS-Psi, Medline – PubMed, Lilacs-Bireme e Scielo) e manuais diagnósticos. Efetivamente, percebeu-se que a inexistência da classificação de critérios diagnósticos da dependência de internet nos manuais dificulta o diagnóstico e a efetiva atenção aos idosos, que porventura, estejam em sofrimento decorrente de tal transtorno, bem como foi constatado o déficit de pesquisas abordando este tema.