Objetivo: este trabalho avaliou o estado nutricional e a capacidade funcional de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida hospitalizados. Metodologia: Estudo transversal e descritivo realizado nas enfermarias de Infectologia, com pacientes HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), com idade igual ou superior a19 anos (n = 87). As variáveis analisadas foram: sexo, idade, desfecho, tempo de internamento, diagnóstico secundário, presença de comorbidade, peso, estatura, índice de massa corpórea (IMC), circunferência do braço, circunferência muscular do braço, área muscular do braço, dobra cutânea triciptal, força de preensão manual e espessura do músculo adutor do polegar. Resultados: No estudo, 64,4% dos pacientes eram do sexo masculino, com idade média de 39,24±10,45 anos. O risco nutricional foi observado em 64,4% dos casos. Houve prevalência de desnutrição, segundo o IMC, em 25,3% dos pacientes, mas essa prevalência alcançou 78,2%, pela dobra cutânea triciptal, e 62,2% pela circunferência muscular do braço. O tempo de internamento foi maior nos pacientes com risco nutricional (77,1%), que permaneceram internados por mais de 21 dias (p=0,041). A força de preensão manual e a espessura do músculo adutor do polegar foram menores nos pacientes com menor IMC. Conclusão: Houve alta prevalência de risco nutricional, desnutrição e baixo desempenho dos métodos funcionais nos pacientes hospitalizados com HIV. A espessura do músculo adutor do polegar e a força de preensão manual tiveram associação estatisticamente significativa como IMC, demonstrando ser bastante úteis na avaliação da capacidade funcional de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida.DOI: 10.12957/demetra.2019.34792