A utilização de manobras de alongamento é um dos recursos mais utilizados na prática de reabilitação. Porém, alguns parâmetros, como a freqüência, não têm sido estudados quando se utilizam as técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). O objetivo deste estudo foi analisar a freqüência ótima visando aumentar a flexibilidade dos músculos isquiotibiais, medida pela amplitude ativa de extensão do joelho. Selecionaram-se 36 sujeitos do sexo feminino (média de idade (DP) de 21,7 (1,9) anos), com limitação da flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Os sujeitos foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos (n = 9). Os três grupos de alongamento receberam a intervenção cinco dias por semana durante duas semanas consecutivas. O quarto grupo, que serviu como controle, não foi alongado. Os grupos de alongamento com FNP variaram quanto à freqüência em uma, três e seis manobras por sessão. Uma análise de variância (ANOVA) foi utilizada para as medidas iniciais e finais (p < 0,05). Em seguida, foi realizada uma análise post hoc por meio do teste de Tukey (p < 0,05). A análise estatística dos dados indicou que os grupos de alongamento tiveram ganho de amplitude significativo em relação ao grupo controle, mas não entre eles mesmos. Em relação à velocidade do ganho, os grupos que utilizaram três e seis manobras alongaram (p < 0,05) mais rapidamente que o grupo que utilizou apenas uma manobra. Conclui-se, portanto, não haver diferença em relação ao ganho tardio quando se utilizam uma, três ou seis manobras de alongamento com a técnica de sustentar-relaxar nos isquiotibiais.