O estudo de minerais pesados representa uma importante ferramenta para a correlação entre pegmatitos, pois corpos espacialmente próximos e com mineralogia semelhante são normalmente interpretados como cogenéticos e provenientes de uma mesma fonte. Os minerais pesados dos pegmatitos intrusivos no ortognaisse Resende Costa foram descritos por estereomicroscopia, espectroscopia Raman, difratometria de raios X e a partir de imagens de elétrons retroespalhados em microscópio eletrônico de varredura. Esses se encontram mineralizados em minerais de Sn (cassiterita) e Nb-Ta (grupo da columbita-euxenita), semelhantemente aos pegmatitos intrusivos no metagranitoide Ritápolis, enquanto os corpos intrusivos no ortognaisse Cassiterita só exibem minerais do grupo da microlita e não apresentam cassiterita. Um intercrescimento entre fases de Nb-Ta-Ti se mostra determinante para caracterizar os pegmatitos intrusivos no ortognaisse Resende Costa e diferenciá-los dos corpos relacionados tanto ao metagranitoide quanto ao ortognaisse. Sugere-se a presença de pelo menos três gerações de corpos pegmatíticos na Província Pegmatítica de São João del Rei, sendo eles correlatos aos protólitos do ortognaisse Cassiterita, do ortognaisse Resende Costa e do metagranitoide Ritápolis.