Os autores do presente artigo relatam os resultados de um ensaio realizado cm 1936-37, na Estação Experimental Central, para estudar a influência de alguns adubos sobre a germinação das sementes do algodoeiro. Para isso foram estabelecidas comparações entre canteiros sem adubo e canteiros adubados com 0-50-0, 0-50-50 e 10-50-50 kg/ha de N-P2O5-K2O e, ainda, com outros que receberam o dôbro dessas doses. N e K2O foram empregados respectivamente nas formas de salitre do Chile e cloreto de potássio: P2O5, em cada uma das três formas: farinha de ossos, Renania-fosfato e superfosfato. Comparou-se, também, a aplicação desses adubos nas covas e nos sulcos de plantio. Os 38 tratamentos do ensaio tiveram três repetições. Cada canteiro, de 25 m², constou de uma fileira de 20,90 m, espaçada de 1,20 m das vizinhas. Nas fileiras, 53 covas propriamente ditas foram plantadas a cêrea de 0,40 m uma das outras, cada cova recebendo seis sementes; no plantio em sulcos, de 0,40 em 0,40 m foram depositadas seis sementes. As correspondentes doses de adubo foram aplicadas em cada cova ou distribuídas continuamente nos sulcos, e, após ligeira mistura com a terra, semeou-se no solo adubado. Durante 36 dias a partir do plantio foram feitas contagens diárias das covas em que nasceram plantas. Dos dados assim obtidos concluiu-se que, aplicados isoladamente, nos sulcos ou nas covas, o superfosfato e a farinha de ossos não prejudicaram o "stand". Entretanto, as aplicações isoladas de Renania-fosfato, assim como as adubações em que ao fósforo, sob qualquer forma, se adicionou cloreto de potássio, e sobretudo as que, além dêsses adubos, também tiveram salitre, reduziram fortemente o "stand" quando aplicadas nas covas; empregadas nos sulcos, prejudicaram muito menos. Além de reduzir o "stand", o salitre e o cloreto de potássio retardaram a emergência das plantas. Em regra, os danos cresceram com a concentração de adubos em tôrno das sementes, que foi muito maior nas covas. O período imediato ao plantio foi bastante chuvoso, concorrendo de um modo geral para diminuir os prejuízos. Com tempo sêco ou pouco chuvoso após o plantio, como acontece com freqüência, por certo a aplicação nos sulcos também teria sddo altamente prejudicial. Daí a conclusão de que certos adubos não devem ser aplicados pela maneira usual, como nos ensaios, e que, para avaliar o efeito dêsses adubos sôbre a produção do algodoeiro, se devem usar métodos outros que não os da aplicação nas covas ou nos sulcos de plantio.
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