Registros da produção de leite de 3.531 controles de 620 primíparas da raça Jersey foram utilizados para a estimação dos componentes de covariância e dos parâmetros genéticos para a produção de leite por meio dos modelos de repetibilidade e de regressão aleatória. O modelo de repetibilidade (MR) incluiu os efeitos fixos de rebanho-ano-mês do controle, estação do parto e idade da vaca ao parto como covariável, com termos linear e quadrático, e os efeitos aleatórios de animal, de ambiente permanente e residual. O modelo de regressão aleatória incluiu os mesmos efeitos do MR, com o uso da função de Wilmink para a modelagem dos efeitos fixo (estação de parto) e aleatórios (genético de animal e de ambiente permanente). As estimativas de variância genética aditiva, de ambiente permanente, residual e fenotípica, e de herdabilidade e repetibilidade para a produção de leite usando-se o MR foram, respectivamente, 7,08; 1,88; 7,79 e 16,76 kg² e 0,42 e 0,50. Pelo modelo de regressão aleatória, os valores de herdabilidade para a produção de leite decresceram de 0,81 a 0,20 ao longo da lactação. As estimativas de variância genética aditiva mantiveram-se praticamente constantes durante a lactação, com maiores valores no início e final da lactação. As correlações genéticas foram próximas à unidade para as produções de leite da fase intermediária da lactação e diminuíram com o aumento do período entre os controles leiteiros. O modelo de repetibilidade não é a melhor alternativa para a modelagem das produções de leite no dia do controle da primeira lactação de vacas Jersey no Brasil.