Um dos principais fatores limitantes no desempenho das culturas agrícolas e florestais na maioria dos solos tropicais é o efeito tóxico do Al3+. No entanto, algumas espécies vegetais apresentam mecanismos de adaptação que lhes conferem tolerância a essas condições. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento de três espécies florestais cultivadas em solução nutritiva com diferentes níveis de Al3+. Para tanto, mudas de Acacia mangium, Mimosa artemisiana e Enterolobium contortisiliquum foram cultivadas em solução nutritiva com quatro concentrações de Al3+ (controle, 185, 370 e 555 mmol L-1) durante 95 dias. Ao final do experimento, as plantas foram segmentadas e uma fração conhecida das raízes foi digitalizada para estimativa de área e comprimento radicular. O caule, folhas e o restante das raízes foram secos em estufa de ventilação forçada, sendo determinada a biomassa e os teores de N, P e K no tecido vegetal. As espécies apresentaram padrões de crescimento diferenciados em função do aumento do teor de Al3+ na solução nutritiva, sendo que a Acacia mangium e a Enterolobium contortisiliquum foram mais tolerantes ao Al+3, demonstrando potencial de uso na recuperação de áreas degradadas e com solos ácidos. Os teores de N nas partes das plantas não foram influenciados pelo Al3+, no entanto, a concentração de P aumentou nas raízes das três espécies com níveis intermediários de Al3+, resultando em redução de P na parte aérea da Acacia mangium e Mimosa artemisiana. A concentração de K na Acacia mangium foi reduzida somente no menor nível de Al3+, enquanto para Mimosa artemisiana a redução foi gradativa.
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