Avaliou-se o desempenho de 24 linhagens de soja do programa de melhoramento do Instituto Agronômico (IAC) em experimentos de campo em relação ao ataque de insetos e à incidência de oídio. Três experimentos, um para cada ciclo (precoce, semiprecoce e médio) foram instalados nas unidades experimentais de Assis (anos agrícolas 2001/2002 e 2002/2003) e de Ribeirão Preto (2001/2002). Para os três experimentos, o delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com dez tratamentos e seis repetições. As injúrias foliares causadas por lagartas de Anticarsia gemmatalis Hübner foram estimadas visualmente, atribuindo-se uma porcentagem de desfolha à parcela inteira. Os danos de percevejos [Piezodorus guildinii (West.) e Euschistus heros (F.)] foram avaliados através da porcentagem de retenção foliar atribuída à parcela inteira e por meio da massa de grãos comerciáveis. A severidade de oídio (Microsphaera diffusa Cke. Pk.) foi estimada mediante escala de notas de 1 a 5, de acordo com a intensidade dos sintomas. Considerando-se os resultados das duas localidades, entre o germoplasma de ciclo precoce destaca-se a linhagem IAC 98-4307, com baixa retenção foliar e maior produtividade em presença de percevejos. No grupo de ciclo semiprecoce, observa-se que na linhagem IAC 98-2814 não há retenção foliar, porém, maior produtividade, caracterizando-se como resistente a percevejos, embora seja o genótipo mais desfolhado por lagartas e com maiores sintomas de oídio. Entre os genótipos de ciclo médio, IAC 98-2856 tem produtividade superior em presença de altas ou baixas infestações de percevejos, indicando possuir resistência do tipo tolerância, embora apresente retenção foliar sob baixa pressão de percevejos.
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