O objetivo deste trabalho foi avaliar alterações nas formas de reserva de energia na carcaça de juvenis de "black bass" (14,46 ± 0,81 g de peso vivo). Peixes condicionados a aceitar alimento artificial foram estocados em 90 gaiolas de volume 60 L alojadas em caixas de 1.000 L em laboratório com condições ambientais controladas, e alimentados por 64 dias com rações extrusadas com níveis de proteína variando entre 34 e 54% (incrementos de 4%) e teores de energia digestível variando de 3.600 a 4.100 kcal kg-1 de alimento (incrementos de 125 kcal kg-1). Foram analisados as variáveis de ganho de peso, consumo alimentar diário, relação hepato-somática, relação víscero-somática, deposição protéica e energética, glicogênio tecidual hepático e lipídio visceral. Não houve interação (P > 0,05) entre níveis de proteína e energia para os parâmetros avaliados. Os níveis de proteína e energia digestível dietética que garantiram melhor desempenho foram 42% e 3.850 kcal kg-1, respectivamente. Dietas com teores médios de 42% de proteína bruta, induziram um alto acúmulo de glicogênio hepático (P < 0,0442), assim como aumento da relação hepato-somática (P < 0,0001), mostrando alta eficiência no acúmulo de energia prontamente utilizável bem como melhor capacidade de retenção dos nutrientes, quando os níveis de carboidratos foram inferiores a 30% na ração. O aumento dos níveis de energia das dietas, através da inclusão de óleo nas rações, induziu aumentos significativos no acúmulo total de lipídios na carcaça quando as médias eram agrupadas por níveis de energia, e induziu acúmulo de lipídios nas vísceras para os agrupamentos de médias tanto por teor de proteína (P < 0,0001) como de energia dietética (P < 0,0021).