Neste artigo apresentamos um modelo de jogo evolucionário, por meio do qual discutimos as relações entre flexibilidade de salários e desemprego, em uma economia com barganhas salariais descentralizadas. As estratégias dos trabalhadores consistem em um número finito, porém arbitrariamente grande, salários nominais, e as firmas escolhem os níveis de emprego maximizadores de lucros. Mostramos que: 1) o modelo comporta múltiplos equilíbrios com homogeneidade de salários nominais (de estratégia pura) e com heterogeneidade de salários nominais (de estratégia mista); 2) o equilíbrio de médio prazo é selecionado por um processo de aprendizagem social, representado como uma dinâmica replicadora; e 3) conceber a variação dos salários nominais como um processo evolucionário, no qual os trabalhadores procuram a melhor estratégia, implica que a economia não tende necessariamente ao pleno emprego.
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