O crescimento no número de idosos no Brasil e no mundo é uma realidade nas estatísticas sociodemográficas. Tal fator é resultado do avanço no acesso aos serviços sociossanitários, bem como ao tratamento de algumas doenças que têm propiciado maior longevidade e esperança de vida. Desse modo, a resiliência é um constructo psicossocial importante que possibilita enfrentamento das adversidades na velhice. A presente investigação teve como objetivos principais estudar e comparar os níveis de resiliência entre idosos de diferentes classes sociais (baixa renda e alta renda). A amostra foi composta por 20 idosos, entre eles, homens e mulheres, de ambas as classes sociais, com idades que variam de 61 a 84 anos (M=67, 75 DP= 6,17). No contato com os participantes, foram utilizados instrumentos como questionários sociodemográficos e entrevistas semiestruturadas. Para a análise da entrevista semiestruturada, foi empregada a análise de conteúdo de Bardin. A partir dos dados desta pesquisa, pode-se verificar que os idosos de ambos os grupos relataram dificuldades decorrentes do período da velhice, porém tanto o de nível social baixo como o de alto estão munidos de ideias e recursos para superar os empecilhos que a vida apresenta. Espera-se que os dados da presente pesquisa possam subsidiar novas investigações, com o escopo de somar dados inovadores, referentes à resiliência na velhice com idosos de diferentes classes sociais, considerando-se a escassez de publicações relacionadas a esse tema e as limitações deste estudo.