O objetivo neste estudo foi avaliar os efeitos da ractopamina e da enzima fitase sobre o desempenho e as características de carcaça de suínos na fase de terminação. Foram utilizados 354 suínos machos castrados do tipo comercial, de mesma origem e com peso inicial de 94,1 ± 5,7 kg, distribuídos em delineamento experimental de blocos ao acaso, com seis tratamentos e cinco repetições. A unidade experimental continha 11 ou 12 animais. Como tratamentos, avaliaram-se as seguintes dietas: controle, formulada com base na tabela de necessidades nutricionais; dieta A, controle com ajuste nutricional para uso de ractopamina; dieta A com fitase; dieta A com ractopamina; dieta A com ractopamina e fitase; e dieta A com ractopamina e fitase com parte das exigências de cálcio e fósforo disponível atendida pela enzima. O experimento durou 21 dias e ao final os animais foram abatidos para avaliação de carcaças. Os resultados foram comparados por contrastes ortogonais. O consumo de ração não foi influenciado pelas dietas. A dieta com níveis proteico e aminoacídico ajustados e sem ractopamina não melhorou o desempenho dos animais em comparação à dieta controle. A ractopamina teve efeito no ganho de peso e na conversão alimentar ao final do período de 21 dias, além do peso pré-abate, peso de carcaça quente, rendimento de carcaça, carne magra total e índice de bonificação. A inclusão de fitase em dietas contendo ractopamina de forma a fornecer cálcio e fósforo disponível acima das exigências de suínos em terminação não alterou o ganho de peso, a conversão alimentar e as características de carcaça. A ractopamina melhora o desempenho e as características de carcaça. A utilização de fitase em dietas contendo ractopamina em substituição parcial a fontes inorgânicas de minerais possibilita manter o desempenho e as características de carcaça dos animais.
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