Os morcegos apresentam grande diversidade de hábitos alimentares, o que faz com que possam ser utilizados como indicadores de qualidade ambiental, além de prestarem serviços ecossistêmicos, como dispersão de sementes, estruturação de comunidade de plantas e controle de insetos. Além disso, o estudo da interação de morcegos com ectoparasitas pode possibilitar melhor compreensão dos processos ecológicos e evolutivos associados. Dessa forma, o objetivo desse estudo é contribuir para o conhecimento de algumas espécies de morcegos e suas moscas ectoparasitas no Parque Nacional da Serra do Pardo, interflúvio Xingu-Tapajós, estado do Pará, Brasil. A captura dos morcegos foi realizada em quatro pontos amostrais, através de redes de neblina e busca ativa. Em cada indivíduo capturado foi realizada inspeção da pelagem e das asas para retirada das moscas ectoparasitas. Foram amostrados 13 indivíduos de morcegos, representados por duas famílias (Phyllostomidae e Molossidae), seis gêneros e seis táxons, sendo C. perspicillata a mais amostrada. Quanto à guilda trófica, observamos espécies insetívoras e frugívoras, sendo a última a mais abundante. Para moscas ectoparasitas, observamos apenas a família Streblidae. Todos os ectoparasitas estavam relacionados aos indivíduos de C. perspicillata.
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