Resumo A ausência de pesquisas sobre a bissexualidade no século XX somada às preocupações em torno da epidemia da AIDS possibilitou a construção de narrativas especulativas sobre a população bissexual, sendo comumente descrita como uma categoria ambígua. Mediante uma análise antropológica, propõe-se refletir sobre os complexos simbólicos que produzem a bissexualidade como uma categoria ambígua, relacionando-a com a produção discursiva sobre as ficções de contágios, essencialmente metonímicas.