O presente estudo parte de uma proposta de abordagem discursiva identificada como dialógico-de autoridade e originalmente elaborada para levantar distintos entendimentos dos estudantes como também estabelecer um processo de negociação consensual entre estudantes e professor, de modo a confluir o pensamento dos estudantes com o conhecimento científico. Dentro dessa proposta de discurso, porém, a literatura tem ressaltado a dificuldade de o educador manter o discurso de tipo dialógico, desequilibrando assim a dinâmica discursiva almejada, ao pender, de forma predominante e por força do hábito, para o discurso de tipo autoridade. Dada essa problemática, o presente estudo propõe uma vinculação da potencialidade dos signos artísticos, em permitir possibilidades de interpretação pela função estética que carregam, num processo educacional sustentado no discurso dialógico-de autoridade em sala de aula por meio da denotação e conotação, envolvendo o tema “conservação ambiental”. Partindo-se do objetivo de investigar o desempenho do emprego desses signos nesse sentido, ao estabelecer uma alternância dos gêneros discursivos mencionados, os resultados alcançados indicam tensões discursivas com interações cognitivamente proveitosas nos estudantes pela participação ativa dos mesmos na construção conjunta do conhecimento referido.