OBJETIVO: Identificar fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mulheres com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).MÉTODOS: Estudo correlacional, realizado nos Serviços de Assistência Especializada (SAEs) em doenças sexualmente transmissíveis (DST)/AIDS das regiões norte e leste de São Paulo/SP. A amostra foi constituída por 200 mulheres. Os dados foram coletados com uso dos instrumentos: caracterização sociodemográfica e clínica, Escala de Autoestima de Rosenberg (EAER), Escala de Esperança de Herth (EEH) e HIV/AIDS-Targeted Quality of Life Instrument HAT-QoL; e foram analisados por estatística descritiva e regressão logística binária multivariada.RESULTADOS: Houve maior déficit da QVRS nos domínios Preocupações com o sigilo (30,65±30,22) e Preocupações financeiras (35,50±35,97), e melhor pontuação em Confiança no profissional (79,79±21,27) e Preocupações com a medicação (76,49±21,06). Maior renda per capita mensal, apresentar CD4 acima de 200 células/mm3, fazer uso de medicamentos antirretrovirais (ARV), maior tempo de diagnóstico de HIV/AIDS, não ter companheiro, possuir de boa a excelente percepção do estado de saúde e maior nível de esperança e de autoestima foram fatores associados.CONCLUSÕES: Mulheres a partir de 50 anos com HIV/AIDS apresentam pior QVRS nos aspectos Preocupações com o sigilo e Preocupações financeiras e melhor na Confiança no profissional e nas Preocupações com a medicação. Ter maior renda per capita mensal, apresentar CD4 acima de 200 células/mm3, fazer uso de medicamentos ARV, ter maior tempo de diagnóstico, não ter companheiro fixo, possuir de boa para excelente percepção do estado de saúde e maior nível de esperança e de autoestima são fatores preditores de melhor QVRS na amostra do presente estudo. Os achados vão ao encontro de pesquisas realizadas com mulheres a partir de 50 anos com HIV/AIDS, com exceção da variável não ter companheiro fixo.
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