Resumo Estudou-se a evolução da capacidade andrológica por pontos (CAP) de 1092 touros Nelore, mantidos a pasto, durante quatro anos, e sua relação com a porcentagem de prenhez após uma estação reprodutiva. A cada ano, realizaram-se avaliações clínico-andrológicas em que mediu-se o perímetro escrotal (PE) e se coleou sêmen por eletroejaculação, para avaliação dos aspectos físicos e morfológicos dos ejaculados. A partir dos pontos obtidos pelo PE (PEP), motilidade progressiva (MOT) e morfologia espermática (MORF), computaram-se os CAP. Na estação de monta foram utilizadas 4319 fêmeas e 256 touros Nelore, em regime de pasto, para avaliação da fertilidade do rebanho. Após a escolha de 157 touros dentro das faixas A-C do CAP, foram estabelecidos, aleatoriamente, 15 grupos de touros para diferentes categorias e quantidade de fêmeas. Nos quatro anos de estudo houve aumento significativo do CAP, de 59,5 a 79,0. A PEP, MOT e MORF aumentaram no mesmo período de 17,5, 12,7 e 29,3 para 30,1, 14,8 e 34,4, respectivamente (P<0,05). Foram observadas correlações entre o CAP com os seus componentes, o ano e as características reprodutivas estudadas. Houve aumento significativo de touros enquadrados nas categorias A e B do CAP de 9,0% e 46,9% vs. 43,5% e 44,8%, respectivamente. O CAP e a porcentagem de prenhez das fêmeas foram de 82,0 ± 13,2 pontos e 83,1 ± 8,4 %, respectivamente. Houve correlação (P<0,001) entre o CAP e a taxa de prenhez (r=0,25). A utilização de grupos de touros das faixas A e B do CAP favoreceu o aumento da percentagem de prenhez no rebanho. A relação touro:fêmea observada sub-utiliza o potencial reprodutivo dos touros. A técnica empregada foi importante para avaliar a fertilidade potencial e modificar as características reprodutivas da população de touros estudada.
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