Reflexão sobre diferentes processos de subjetivação que produziram três personagens conceituais ao longo da história cultural. O cortesão quinhentista, o dândi oitocentista e o nômade contemporâneo derivam de mudanças históricas nas noções de público e privado, artifício e natureza, exterioridade e interioridade, convenção e espontaneidade, aparência e essência que servem, sobretudo, para destacar as descontinuidades nos comportamentos culturais que, à primeira vista, poderiam parecer meros processos de repetição da história. Para além de figuras históricas, a aproximação dos três personagens possibilita uma reavaliação de como a cultura contemporânea se posiciona ao longo de algumas transformações históricas da subjetividade, que é, então, encarada menos como um dado psicológico e mais como um produto de processos político-histórico-culturais.
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