A teoria da sedução generalizada é uma proposta de novos fundamentos para a psicanálise que promove um reposicionamento metapsicológico crucial, por resgatar o papel fundamental do outro na constituição da subjetividade. O objetivo deste ensaio é apresentar e discutir a concepção de sublimação neste referencial, trabalhando as dificuldades e limitações de uma noção estrita em que o conceito aparece como mera modificação do objeto e da meta da pulsão sexual. Pretende-se discutir as limitações dessa concepção na sua tarefa de articular a subjetividade individual com a organização cultural, indicando a proposta de Jean Laplanche de uma sublimação originária e de uma neoformação da pulsão como tentativas de superar alguns desses impasses teórico-conceituais. Concluímos que essa proposta laplanchiana é insuficiente para dar conta das limitações das teorias das pulsões e da cultura em psicanálise, que são um problema ainda atual e pertinente nesse campo de estudos.
Read full abstract