Os entes humanos ao se tornarem sedentários começaram a perceber a necessidade de se conhecer a própria localização. Ao estudarem as estrelas, perceberam um referencial seguro para tal localização e passaram a utilizá-las para o cálculo da posição, surgindo assim a Astronomia de Posição. Para o cálculo da posição, por sua vez, foi necessário um modelo matemático, sendo natural pensar-se na Esfera. Natural ainda foi estender a Trigonometria Plana à Esfera, surgindo assim a Trigonometria Esférica. O estudo da Trigonometria Esférica se faz necessário para a formação dos engenheiros cartógrafos e agrimensores, pois o conhecimento das ferramentas para a resolução do Triângulo Esférico vai ser fundamental para a compreensão dos mecanismos de posicionamento quer seja pela Astronomia de Posição quer seja pela Geodésia. De modo a contribuir com o ensino da Trigonometria Esférica, a revisão conceitual apresentada neste trabalho se propõe a estudar a quantidade de soluções para os triângulos esféricos oblíquos do Caso V e do Caso VI, respectivamente, quando são conhecidos dois lados e o ângulo oposto a um dos lados e quando são conhecidos dois ângulos e o lado oposto a um dos ângulos. Os triângulos pertencentes a estes casos podem apresentar nenhuma, uma solução, duas ou infinitas soluções. O conhecimento sobre determinado assunto somente pode ser de caráter científico quando há o conhecimento sobre as etapas dedutivas relacionadas àquele assunto, por isso apresenta-se o presente trabalho para que o estudante possa conhecer cientificamente partes da Trigonometria Esférica.
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