O osteossarcoma canino é o tumor ósseo mais comum em cães. Ele apresenta intensa capacidade metastásica e a sobrevida do paciente é baixa nessa doença. A curcumina, o composto mais importante derivado da planta Curcuma longa L., tem sido amplamente estudada e mostrou efeitos antineoplásicos consideráveis contra vários tumores. Este estudo tem por objetivo identificar a ativação de proteínas específicas de vias de apoptose, sobrevivência tumoral e mau prognóstico dessa doença em células OSC da linhagem D-17. Para isso, as células foram cultivadas e tratadas com a curcumina nas concentrações de 20μM, 50 μM e 100 μM em lâminas, que foram preparadas e fixadas. Posteriormente, foi realizada a técnica de imucitoquímica, com os anticorpos anti-caspase3, anti-JNK, anti-AMPK, anti-p53, anti-AKT e anti-mTOR. Foi observado que a curcumina ativou em células de osteossarcoma canino in vitro as proteínas de morte celular caspase-3, JNK e AMPK, reduziu a expressão da proteína p53 mutada e não alterou as proteínas AKT e mTOR. Assim, verificou-se que a curcumina promove apoptose extrínseca mediada por caspase, JNK e cAMP/AMPK em células de osteossarcoma canino. Além disso, tem o potencial de melhorar o prognóstico tumoral dessa doença por inativação da p53 mutada. No entanto, ela não interfere na expressão de AKT/mTOR, relacionado a proliferação e sobrevivência tumoral. Tais resultados servirão de base para estudos futuros que analisem o efeito da curcumina in vivo nessa doença.
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