Introdução: A trigonocefalia consiste no fechamento prematuro da sutura metópica sendo considerada o segundo tipo mais frequente de craniossinostose. Esta condição resulta no crescimento restrito do osso frontal e abaulamento local. O diagnóstico é clínico e o tratamento cirúrgico. Apresentação do caso: Paciente masculino de 7 meses e 30 dias de vida com assimetria craniana. Investigação clínica e por imagem evidenciou hipodesenvolvimento do osso frontal, presença de saliência óssea na linha média frontal, sem outras alterações ao exame neurológico. Encaminhado à cirurgia para correção de trigonocefalia não sindrômica. Discussão: A trigonocefalia compõe o grupo das craniossinostoses, malformações de fechamento prematuro das suturas cranianas. A grande maioria corresponde a casos isolados, não-sindrômicos e envolvem apenas uma sutura. O diagnóstico é clínico, sendo corroborado principalmente pela tomografia computadorizada (TC). O tratamento é cirúrgico e tem como objetivo evitar a progressão das deformidades craniofaciais. A técnica cirúrgica deste relato consiste na incisão coronal em zigue-zague, osteotomia sem avanço e sem remodelamento orbitário, fato que não comprometeu o resultado estético. Além de exigir menor tempo cirúrgico e, por conseguinte, menor perda sanguínea. Conclusão: Este relato mostra-se relevante, uma vez que numerosas variações de técnicas cirúrgicas têm sido propostas. Novos estudos fazem-se necessários para aprimorar o manejo destas malformações e para definir a melhor estratégia cirúrgica a ser empregada.