Estudos recentes sugerem que é promissora a estratégia de ensinar relações auditivo-visuais via formação de classes de equivalência para crianças com TEA. No entanto, mostram certa inconsistência entre o potencial preditivo do teste ABLA e as discriminações efetivamente obtidas. O presente estudo investigou se há diferenças na emergência de relações visuais-visuais quando as relações de linha de base envolvem relações totalmente visuais versus relações auditivo-visuais em crianças no Nível 4 do teste ABLA. Participaram seis crianças com TEA, divididas de acordo com a consequência específica utilizada (Grupo 1 consequência auditiva e Grupo 2, consequência visual). Foi realizado o treino de relações de identidade A1A1 e B1B1, com consequência específica S1 (Grupo 1) e F1 (Grupo 2) e A2A2 e B2B2 com a consequência específica S2 (Grupo 1) e F2 (Grupo 2), e testadas as relações visuais-visuais AB e BA, para ambos os grupos, relações auditivo-visuais SA e SB, Grupo 1, e relações visuais-visuais FA e FB, Grupo 2. Os resultados não apontaram diferença significativa na emergência de relações consequência-estímulo entre os grupos, sugerindo que dificuldades de emergência de relações visuais-visuais em estudos anteriores não podem ser atribuídas totalmente ao fato de essas relações terem como elementos nodais estímulos auditivos.