O objetivo foi verificar se há relação entre os níveis de atividade física e a indicação de risco associado para depressão, ansiedade e estresse em adultos e idosos durante um período da pandemia da COVID-19 no Brasil. Estudo transversal, entre outubro e novembro de 2021, foi realizado por meio de um formulário online, com perguntas sobre dados sociodemográficos, prática de atividade física antes e durante a pandemia, estado de saúde, saúde mental - Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e nível de atividade física - Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A análise estatística foi realizada por meio do teste Qui-Quadrado com nível de significância de 5% e análise de correspondência múltipla. Participaram 1044 homens e mulheres, com idade entre 18 e 75 anos, de todo território nacional. Entre os participantes, 48,0%, 35,9% e 61,1% apresentaram indicação de risco associado para depressão, ansiedade e estresse, respectivamente. Os participantes adultos 93,4%, do gênero feminino 66,8%, nível de escolaridade até o ensino superior 54,2% e solteiros 57,5%, bem como os com nível baixo de atividade física 36,1% e que relataram piora na prática durante a pandemia 53,9% apresentaram maior indicação de risco para depressão, ansiedade e estresse (p<0,05). Em síntese, pessoas fisicamente ativas e que conseguiram manter ou melhorar a prática durante a pandemia, apresentaram menor indicação de risco associado para problemas relacionados à saúde mental. É importante considerar o planejamento de políticas públicas sob a ótica da equidade, para auxiliar pessoas com maior vulnerabilidade no acesso à atividade física.
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