Introdução: Traumatismo raquimedular (TRM) por arma branca é pouco relatado na literatura médica. Seu tratamento é controverso. Os autores apresentam uma série de casos, discutem seu tratamento e prognóstico. Métodos: No período de janeiro de 2009 a dezembro de 2013, foram analisados doze pacientes vítimas de TRM por arma branca, quanto ao gênero, idade, localização anatômica da lesão, quadro neurológico, exames de imagem, tratamento e sequelas. Resultados: Quanto ao gênero, foram dez vítimas do sexo masculino e duas do sexo feminino. As idades variaram entre 16 e 54 anos, com média de 28 anos. Houve predomínio da localização cervical com cinco casos, seguido de dorsal com quatro e lombar com três. A tomografia computadorizada foi o exame de eleição. Oito pacientes apresentavam déficit motor e os demais eram assintomáticos. Cinco pacientes foram submetidos à intervenção cirúrgica, sendo três para retirada do corpo estranho e em dois para correção da dura-máter. Cinco pacientes apresentaram sequelas: paresia em membros inferiores em três e de membros superiores em dois. Não houve óbitos. Conclusão: TRM por arma branca é menos frequente que por arma de fogo e a literatura relata melhor prognóstico naqueles casos, fato evidenciado em nossos pacientes. Antibioticoterapia sistêmica profilática e fisioterapia motora têm sido preconizadas de rotina com resultados excelentes.