Os efeitos terapêuticos das interpretações funcionais e das tarefas de casa, condensadas na regra 5 da Psicoterapia Analítica Funcional são pouco conhecidos. Objetivou-se investigar relações entre a regra 5 e comportamentos do terapeuta e do cliente. O método consistiu em registrar e categorizar interações terapeuta/cliente. Participaram duas díades terapeuta/cliente. Conduziu-se um delineamento A/A+B/A/A+B para uma das díades e um processo terapêutico com FAP sem introdução de variáveis para a outra. Os dados foram analisados com inspeção visual, com correlação de Spearman e com análise de probabilidade transicional. Para ambas as díades, as clientes emitiram análises de contingências mediante procedimento para evocá-las e identificaram tarefas de casa importantes quando as terapeutas evocaram e consequenciaram autoorientações. A regra 5 não influenciou os comportamentos das clientes de analisar contingências, de fazer auto-orientações e de relatar melhorias extrassessão para a díade 1. Discute-se a influência da modelagem de análises de contingências e das auto-orientações na melhora clínica.