OBJETIVO: Avaliar a prevalencia de alteracoes anatomicas uterinas diagnosticadas atraves da histeroscopia ambulatorial em uma populacao de pacientes com mais de dois abortamentos consecutivos. Comparar a prevalencia de alteracoes uterinas entre as pacientes com dois abortos em relacao as pacientes com tres ou mais abortamentos de repeticao. METODOS: Foi realizado um estudo transversal em 66 pacientes com diagnostico de dois ou mais abortamentos de repeticao. As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo A (ate dois abortamentos, 23 pacientes) e Grupo B (tres ou mais abortamentos, 43 pacientes), sendo submetidas a histeroscopia diagnostica ambulatorial em que foram identificadas alteracoes congenitas e adquiridas da cavidade uterina. RESULTADOS: Foram encontradas em 22 (33,3%) pacientes alteracoes uterinas, sendo em nove casos alteracoes congenitas [utero arqueado (quatro casos), septo uterino (dois casos) e utero bicorno (um caso)] e em 13 pacientes alteracoes adquiridas [sinequia (sete casos), polipo endometrial (quatro casos) e mioma uterino (dois casos). Nao houve diferenca significativa entre grupos em relacao as alteracoes uterinas adquiridas e congenitas. Foi encontrada uma correlacao positiva entre alteracoes anatomicas na histeroscopia e numero de abortamentos (r = 0,31; p = 0,02). CONCLUSAO: As pacientes com mais de dois abortamentos apresentam uma alta prevalencia de alteracoes uterinas diagnosticadas por histeroscopia. No entanto nao ha diferenca na prevalencia ou na distribuicao das lesoes em relacao ao numero de abortamentos
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