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Silvopastoral systems and ecological connectivity in a grazing landscape of the Magdalena Medio region, Colombia

Este artigo resume um esforço colaborativo de seis anos durante o qual o CIPAV e pecuaristas da cidade de Riberas del San Juan (Cimitarra, Santander) projetaram e implementaram sistemas silvipastoris e agroflorestais com o objetivo de melhorar a produtividade pecuária e gerar condições adequadas para a conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Este processo fez parte do Projeto Vida Selvagem (PVS), uma iniciativa para a conservação de cinco espécies ameaçadas de extinção em Magdalena Medio. Na paisagem desmatada de Riberas del San Juan, as práticas de pecuária geraram forte degradação do solo, os fragmentos florestais foram destinados a se tornar novos pastos e os fazendeiros tinham uma visão negativa das árvores e florestas. O componente do PVS coordenado pelo CIPAV teve como foco a conservação da peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron Müll. Arg.) e outras árvores em perigo de extinção local. No entanto, as condições do terreno e da comunidade de Riberas del San Juan não eram adequadas para iniciar o trabalho com ações diretas de conservação e restauração ecológica. Antes disso, era preciso atender à prioridade dos pecuaristas, ou seja, a melhoria de seu sistema produtivo. Descreve-se o processo de diálogo e formação que levou à adoção das primeiras práticas silvipastoris na área e ao co-desenho de sistemas agroflorestais que contribuem simultaneamente para a soberania alimentar, eficiência produtiva e conectividade ecológica na paisagem fragmentada. Ao longo do tempo, o planejamento das fazendas, o parcelamento das pastagens, a integração das árvores de sombra e a produção de forragem de qualidade, contribuíram para melhorar a eficiência produtiva das propriedades e possibilitaram a liberação de algumas áreas estratégicas para a recomposição das matas ciliares. Corredores e reabilitação ecológica com sistemas agroflorestais. A barreira cultural dos agricultores em relação às árvores foi superada na medida em que eles entenderam os benefícios produtivos e ambientais das plantas lenhosas. As ações voltadas para o fortalecimento da resiliência e produtividade da pecuária sensibilizaram a comunidade para o planejamento de novas ações de restauração ecológica e conservação das espécies focais do PVS e da biodiversidade de seu território.

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DESEMPENHO AGRONÔMICO DE ALFACE ORGÂNICA EM FUNÇÃO DA COBERTURA DO SOLO

O uso de cobertura do solo na cultura da alface garante a qualidade e incrementa a produção ao melhorar as condições de cultivo, por meio da redução da evapotranspiração, aumento da taxa de infiltração de água no solo, por manter a temperatura do solo estável e reduzir matocompetição na área. Neste sentido, o presente estudo teve por objetivo avaliar o desempenho produtivo da alface do tipo crespa da variedade Simpson sob diferentes tipos de cobertura do solo. O delineamento experimental empregado foi em blocos ao acaso, com 4 repetições e 5 tratamentos, sendo estes a testemunha (sem cobertura), a lona plástica dupla face, o papel kraft, a palhada de amendoim forrageiro e a palhada de braquiária. Aos 38 dias após o transplantio as plantas foram avaliadas quanto a biomassa fresca e seca (g planta-1), altura de planta (cm planta-1), diâmetro da cabeça (cm planta-1) e número de folhas (folhas planta-1). A cobertura que proporcionou melhores resultados para as variáveis estudadas foi a lona de dupla face, sendo significativamente melhor que os demais tratamentos. As outras coberturas avaliadas foram significativamente iguais a testemunha, ou seja, não exerceram influência na melhoria das condições do solo. Concluiu-se que a cobertura que proporcionou melhor desempenho produtivo da alface crespa variedade Simpson para as condições climáticas de Ituiutaba (MG) foi a lona dupla face.

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SUPLEMENTAÇÃO COM SAL MINERAL PROTEINADO PARA BOVINOS DE CORTE, NA FASE DE RECRIA, NO PERÍODO SECO, NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS PARAENSE

Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da suplementação com sal mineral proteico, em comparação ao sal mineral, sobre o ganho de peso e a viabilidade econômica de bovinos de corte na fase de recria, no período seco. Utilizou-se 24 bezerros da raça Nelore, não castrados, com média de nove meses de idade, 216 ± 28,8 kg de peso corporal distribuídos em delineamento em blocos casualizados com dois tratamentos sendo, 12 animais alimentados com o sal mineral e 12 animais alimentados com suplemento mineral proteico, cada animal constituía uma unidade experimental. Os tratamentos consistiram na suplementação mineral proteico (SMP) e sal mineral (SM) na quantidade de 0,1% peso vivo (PV). Não foram verificados (P>0,05) diferenças significativas entre os tratamentos, para peso final e ganho de peso médio diário de bezerros alimentados com sal mineral e suplemento mineral proteico. As despesas com fornecimento diário do suplemento mineral proteico em comparação ao sal mineral apresentaram baixas variações nos valores. Além disso, a oferta do suplemento mineral proteico e sal mineral atenderam os requerimentos de mantença, com ganhos moderados no desempenho dos animais no período seco. Nas condições desse experimento, a utilização de suplementação proteica não proporcionou maior ganho de peso de bovinos na fase de recria, no período seco. A viabilidade econômica também não foi afetada em função do suplemento proteico.

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AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA AGROALIMENTAR NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: UM OLHAR ECONÔMICO-ECOLÓGICO

A implantação de um assentamento rural pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA representa a construção de um novo território para o agricultor e sua família, onde é possível implantar práticas sustentáveis de agricultura. A pesquisa foi desenvolvida para avaliar um agroecossistema composto por quatro assentados de um mesmo núcleo familiar, sendo que dois praticam agricultura e pecuária conforme a tradição da região, enquanto os outros dois seguem os conceitos agroecológicos da permacultura. Para avaliar o agroecossistema foi escolhido o método de Análise Econômico-Ecológica de Agroecossistemas desenvolvido pelas Articulação Nacional de Agroecologia e AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia. A criação de uma rede de suporte que levou a uma série de cursos e benefícios como projetos de plantio de frutíferas e capineira, alavancaram a produção do núcleo familiar do agroecossistema e proporcionaram maior autonomia às mulheres do assentamento. A entrada da linha de crédito Fomento Mulher através do INCRA foi uma das causas apontadas para essa mudança. Investimentos na irrigação da horta e na capineira através de empréstimos do AgroAmigo e do CrediAmigo foram decisivos para garantir a soberania alimentar do Núcleo de Gestão Social do Agroecossistema – NSGA. A implantação da mandala proporcionou o plantio de novas culturas de frutas, legumes e verduras, além da piscicultura. A diversificação de produtos trouxe um incremento na qualidade e segurança da alimentação do NSGA, abriu um leque maior de produtos comercializáveis, onde  se destacam como fonte de renda cada vez mais crescente a venda de Tilápia e das hortaliças.

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EVOLUÇÃO, TIPOLOGIA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO E ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA

O desenvolvimento da agricultura faz emergir a diversidade de sistemas de produção. Diante disso, realizou-se o diagnóstico da agricultura do município de São Miguel das Missões, RS, que abriga o sítio arqueológico São Miguel Arcanjo, patrimônio cultural da humanidade. Estudou-se a evolução da agricultura, o zoneamento agroecológico, a caracterização dos sistemas de produção e a definição de estratégicas de desenvolvimento. Realizaram-se quarenta e cinco entrevistas semiestruturadas junto a unidades de produção no primeiro e segundo semestres de 2017. Foram utilizados, também, mapas temáticos e dados secundários. As unidades de produção familiar, com menos de 50 hectares, representam 76,4% dos estabelecimentos e ocupam 13,13% da área, enquanto as unidades de produção com mais de 200 hectares representam 9%, mas detém 68,5% da área agrícola. A agricultura evoluiu em cinco períodos de acordo com fatos ecológicos, técnicos e socioeconômicos, porém possui uma experiência de mais de duzentos anos de criação de bovinos de corte. Foram identificados catorze tipos de sistemas de produção, que representam a diversidade técnica e socioeconômica da agricultura. Entre os tipos, três são caracterizados como patronais de grande porte, seis patronais e familiares de médio porte e cinco tipos de agricultores familiares de pequeno porte. Dois tipos de agricultores familiares de pequeno porte não atingem o nível de reprodução social e um tipo pecuarista familiar encontra dificuldade de se viabilizar. Estes tipos deveriam ser prioridades de políticas públicas para auxiliar na superação de seus entraves de desenvolvimento.

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VERMICOMPOSTOS E CINZA DE OSSOS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE RABANETE E RÚCULA

A demanda por olerícolas de qualidade e saudáveis torna necessário buscar novas técnicas de cultivo, ou ainda obter maior eficiência e economia nas já conhecidas. Conhecendo a grande demanda e extração de nutrientes pelas hortaliças, o presente trabalho objetivou estimar o efeito de vermicompostos e de cinza de ossos, na produção de rúcula e de rabanete. Os resíduos orgânicos utilizados para a produção dos compostos foram: esterco bovino e de galinha. Foram utilizadas minhocas da espécie Eisenia foetida para produção do húmus. A cinza de ossos foi obtida pela queima de uma carcaça bovina. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 12 tratamentos formados da combinação de quatro diferentes formulações, três doses e três repetições. O efeito dos tratamentos foi avaliado para o rabanete cultivar ‘Crimson Gigante’ e a rúcula cultivar ‘Cultivada’ em ambiente com 50% de sombreamento. Para o rabanete, foram avaliadas as seguintes características: massas fresca e seca das raízes e parte aérea; comprimento das raízes fasciculadas; comprimento e diâmetro das raízes tuberosas; número de folhas e área foliar. E para a Rúcula foram avaliados: número de folhas; comprimento das raízes; área foliar; massas fresca e seca da parte aérea e raízes. O húmus a partir de esterco bovino permite melhores respostas para o rabanete, a 200 t ha-1. Já para a cultura da rúcula, é recomendado o uso de 200 t ha-1 de vermicompostos a partir de esterco bovino e de aves juntamente com farinha de ossos.

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