Abstract
O presente trabalho analisa as crônicas que constituem o livro Bula para uma vida inadequada, de Yuri Al’Hanati, a partir das concepções teóricas de Francisco Careri em Walkscapes, o caminhar como prática estética, cuja percepção sobre o ato de caminhar vai além do espaço da cidade. Segundo Careri, o caminhar se transforma em instrumento de autoconhecimento, de reconhecimento e de produção artística. Autores como Walter Benjamin, Byung Chul-Han e João do Rio contribuirão para que a análise das crônicas desvende um caminhante contemporâneo que não precisa, necessariamente, por um “pé na frente do outro” para desvendar os espaços, mas ele também pode colocar os olhos nas redes sociais e “caminhar” virtualmente pela vida dos outros e pelo cotidiano citadino.
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