Abstract
Em Fearful Symmetry, Frye menciona a necessidade de desfazer o “mito de que Blake é uma anomalia literária” (FRYE, 1990, p. 147). Considerando que persistem ressonâncias deste mito, este artigo explora a afinidade entre a obra poética de William Blake e a tradição dissidente inglesa, uma relação raramente discutida pela crítica do poeta no Brasil. O artigo revisa a literatura existente sobre o assunto e, destacando os trabalhos de Mee (1992, 1994, 2003) e de Makdisi (2003), avalia a inclinação antinomiana dos escritos de Blake para explicar as ideias de “profeta” e de “profecia” assumidas em seus poemas proféticos.
Highlights
A fama de poeta excêntrico atribuída a William Blake (1757-1827), para além da inegável originalidade de sua obra, deve-se, em parte importante, à dificuldade de situá-la entre discursos ideológicos predominantes de seu tempo
In Fearful Symmetry, Frye comments on the need to undo the “myth that Blake is a literary freak” (FRYE, 1990, p. 147)
On the assumption that there continue to be resonances from this myth, this paper looks at the affinity between William Blake’s poetic work and the dissident English tradition, a relationship that is rarely discussed by experts on the poet in Brazil
Summary
Considerando que persistem ressonâncias deste mito, este artigo explora a afinidade entre a obra poética de William Blake e a tradição dissidente inglesa, uma relação raramente discutida pela crítica do poeta no Brasil. A fama de poeta excêntrico atribuída a William Blake (1757-1827), para além da inegável originalidade de sua obra, deve-se, em parte importante, à dificuldade de situá-la entre discursos ideológicos predominantes de seu tempo.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have