Abstract

Fatos recentes chamaram a atenção da opinião pública brasileira para a organização dos quilombos e a sua articulação com povos indígenas, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, entre outros. Discute-se aqui esta organização a partir de dois livros a respeito do tema: Por Terra e território de Joelson Ferreira e Erahsto Felício e A terra dá, a terra quer de Antônio Bispo do Santos. Destaca-se a proposição do movimento Teia dos Povos, presente em 11 estados brasileiros, que recusa o jogo político, guarda uma relação cuidadosa com o mercado e aproximações mínimas com o Estado. Nossa interpretação é que as proposições dos dois livros, incluído o movimento da Teia dos Povos, se enquadram nas iniciativas denominadas de pós-desenvolvimentistas, em que coletivos humanos buscam uma autonomia em relação às instituições da modernidade, a revalorização das identidades culturais e se propõem a (re)criar uma relação menos antropocêntrica entre humanos e natureza.

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