Abstract

A obra o martelo, da pernambucana Adelaide Ivánova, apresenta características decoloniais que degradam o sentido literal por meio de vozes trabalhadas em um contínuo contraposto. Demonstrando a violenta opressão contra o corpo feminino, na linguagem, o martelo nos remete, com ironia calculada e reiteração sarcástica de assertivas, ao estupro, à homofobia e à violência contra a mulher em diversos âmbitos, com quebras, “marteladas”, que rompem a lógica sintagmática, transigindo a ordem. A voz de quem esconde um martelo sob o travesseiro envereda o leitor para a repleta perplexidade, com animalizações, teor desumanizante, denunciador, que se em vezes nos leva a visualizar o sangue, a agressividade, a dor da mulher, de súbito também nos desvela a insurgência feminil ao medo e enuncia sem recalques os próprios desejos.

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