Abstract

Nos Estados Unidos, a revista de variedades Reader’s Digest foi uma das que contribuiu intensamente na mobilização para a Segunda Guerra Mundial, convocando tanto as mulheres norte-americanas para o trabalho na indústria, quanto defendendo que os homens fossem para as frentes de batalha, articulando posteriormente também a desmobilização das mulheres e sua recondução aos lares. No contexto brasileiro, a revista Seleções do Reader’s Digest – ao trabalhar com um projeto de seleção do material norte-americano – também contribuiu para os diferentes modos como os papéis de gênero durante os anos de conflito foram apresentados para os leitores brasileiros aos moldes das políticas implementadas nos Estados Unidos. O foco de análise deste trabalho recairá, portanto, sobre a forma como esses papéis foram articulados em ambos os países, entre 1941 e 1945, a partir de artigos publicados por ambas as revistas. Tomando como perspectiva teórica os Estudos de Gênero, principalmente os vieses estabelecidos por estudiosas como Susan Hartmann e Joanne Meyerowitz, e atentando para o conceito de representação, tal como concebido por Roger Chartier, o trabalho visa a elencar possíveis divergências no que concerne à convocatória para as mulheres, apontando as diferentes maneiras pelas quais participaram no esforço de guerra, seja no homefront, seja no campo de batalha.

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